sábado, 21 de maio de 2011

Pesquisa da Discovery Kids mostra transformação de comportamento e mundo dividido entre possibilidades tecnológicas e restrições à violência

As principais emissoras de TV em sinal aberto e fechado já se preparam para um período de transformações mais intensas na comunicação. Hoje, com mais ferramentas que possibilitam acesso a conteúdo e entretenimento, é fundamental que as TVs compreendam seu público para que possam oferecer o produto ideal e, assim, atinjam audiência e faturamento. Não é por menos que nos últimos meses muitas pesquisas foram encomendadas e, agora, os resultados começam a aparecer.
Nesta sexta-feira, o Discovery Kids anunciou à imprensa o resultado de um importante levantamento do comportamento de pais e filhos que assistem ao canal ou que podem se tornar telespectadores fiéis. Segundo a pesquisa que reuniu 1450 pais com filhos até 10 anos, as famílias vivem um momento dicotômico, onde muitas são as possibilidades de acesso a conteúdo, mas é grande a preocupação com a segurança. O levantamento aponta que cada vez mais as crianças são controladas e que 80% dos pais preferem restringir a liberdade a expor as crianças à violência. Outro dado que deixa claro a mudança de comportamento entre essas gerações está na velha brincadeira de rua. 89% dos pais brincavam na rua, contra 14% das crianças; 33% dos pais recebiam mesada enquanto 17% das crianças de hoje lidam com dinheiro; 77% dos pais andavam a pé, contra 8% das crianças.
Em relação ao hábito de assistir televisão, a pesquisa mostra que TV é a primeira opção de entretenimento em casa para 77% das crianças, sendo que elas são responsáveis 64% das escolhas do programa que a família vai assistir. É por isso que muitos adultos com filhos até 10 anos sabem tudo sobre “LazyTown”, “Backyardigans”, “Fifi e os Floringuinhos”, “Hi-5”, entre outros. O estudo deixa claro que os hábitos dos pais quando crianças são bem diferentes dos seus filhos e que, apesar de todas as possibilidades tecnológicas para acesso a informação e conteúdo (incluindo DVD, games, internet, redes sócias, mídias tradicionais), há restrições no mundo real.
As famílias mudaram e muito. 52% dos entrevistados afirmam que a situação financeira da família está melhor que há um ano e que mulher tem papel fundamental no orçamento: a porcentagem das mães com curso superior (72%) é maior que índice para os pais (68%).
Parabólica – Por José Armando Vannucci

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